domingo, 6 de julho de 2014

Processos decisórios

Qual a melhor maneira de se resolver aquele problema? Como vão reagir? Como seria melhor? Qual decisão devemos tomar? 


Estas são algumas questões levantadas por gestores na hora de tomar decisões dentro das organizações.


O processo decisório consiste em escolher em determinado momento o caminho mais adequado para alguma questão organizacional. As grandes mudanças dentro das empresas faz com que respostas e decisões sejam tomadas diariamente e de forma rápida e dinâmica.

O processo de tomada de decisão começou a ser objeto de estudo quando Hebert Simon e um grupo do Instituto Carnegie de Tecnologia propuseram que a racionalidade é relativa ao sujeito que decide, sendo assim, não existe uma única maneira, não existe uma forma superior de decisão, como reflexo essa teoria vai influenciar o processo de tomada de decisão dentro das organizações. Para Simon administrar é sinônimo de tomar decisões.


Esta teoria recebeu o nome de Modelo Carnegie ou modelo da racionalidade limitada, com a premissa de que o tomador de decisões escolhe dentre várias opções uma que melhor se adéqua e que seja a mais satisfatória, sendo que esta não pode ser considerada e melhor maneira possível, o número limitado de informações explica o nome dado a este modelo estudado.


E hoje em dia? Isso é aplicado?


Atualmente, esse é um dos papeis mais importantes dentro das empresas, pois o objetivo das organizações é maximizar ganhos e minimizar as perdas, e o processo decisório pode influenciar fortemente nestes resultados.

        Um grande exemplo de erro na hora de tomar decisões pode ser dado pela marca alemã Mercedes-Benz, que em meados dos anos 90 resolveu montar sua primeira fábrica fora da Alemanha, e a cidade escolhida foi a cidade de Juiz de Fora no Brasil, uma época em que a região apresentava chances de grande crescimento da indústria automotiva. Era previsto a produção de 70.000 veículos, porém após seis anos a produção nunca chegoua quantidade estimada, o máximo produzido foi de 61.000 veículos, o que gerou grande prejuízo pra empresa que na época havia firmado um acordo em que se comprometia em não realizar demissões em massa. Este erro cometido pela indústria de carros alemã é um caso a se pensar antes de tomar decisões dentro das organizações, não só escolhas grandiosas como estas, mas a simples mudança no local da empresa, processos para motivação dos funcionários podem afetar o sistema como um todo. A decisão também não se limita somente a erros, mas também a oportunidades a serem aceitas ou não.


       Porém, um grande problema é que essas escolhas nem sempre são feitas de maneira neutra e objetiva, o autor decisório buscará atender os próprios interesses, pois tal processo é ambíguo e envolve muitas incertezas. Para isso, as empresas atuais tem trazido um novo modelo, que são os processos decisórios em grupos, nem sempre esse papel fica restrito à gerência ou a administração do grupo, os líderes podem escolher quem vai participar na escolha de uma melhor maneira, assim as decisões serão impessoais e terão maior chance de satisfazer um grupo maior de pessoas e também obter maior número de informações, essa maneira pode também não ser a correta, por isso existem várias opções, até que se encontre uma forma satisfatória.


Alguns dos maiores problemas no processo de decisão é a dificuldade de se prever o futuro e a incerteza acerca dos impactos causados por essas escolhas, algumas vezes é preferencial que se deixe como está por medo de errar, um exemplo disso é a famosa frase “em time que está ganhando não se meche”, será que é necessário esperar que fique ruim para melhorar? Será que o medo de errar é maior do que o de arriscar? Essas também são grandes barreiras enfrentadas pelos gestores, pois decisões erradas são muito difíceis de serem convertidas. Uma explicação lógica para todas essas causas e conseqüências é a racionalidade limitada do ser humano, possuímos as opções, mas não sabemos qual é a mais certa, não temos todas as informações, não possuímos conhecimento suficiente para entender todos os processos.


Seja grande ou pequena, uma escolha pode impactar muito dentro da organização. Então assim como proposto por Hebert Simon, o gestor deve analisar com cuidado todas as opções, e todos os interesses envolvidos e assim escolher uma maneira que seja satisfatória para todos, afim de se chegar no objetivo desejado, pois as organizações são complexas e exigem cautela no processo de tomada de decisões.






Autora: Ingrid Souza


7 comentários:

  1. O gif do Homer ilustra muito bem , a dificuldade em se tomar decisões!!!

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  2. Tomar decisões é sempre difícil e envolve uma serie de fatores inimaginaveis, mas quanto mais opções de decisão o gestor possuir maiores serão as chances de acerto

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  3. Tomar as decisões corretamente realmente é um desafio para os gestores. A opção de tomada de decisões em grupo é uma alternativa bastante interessante nos dias atuais!

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  4. Decidir é correr riscos, até mesmo gestores que já foram considerados gênios, que quadruplicaram sua fortuna, correm esse risco, de fazer escolhas erradas como por exemplo Eike Batista, que surpreendeu a todos com o prejuízo das suas empresas.
    Decidir certo é o x da questão

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  5. Tomar decisões sempre é difícil, mas esse semestre foi muito falado em sala que empreendedor é aquele que corre riscos. Nada pode ser totalmente premeditado pois ações humanas não são 100% certas ou garantidas, mas todos os riscos devem previamente pensados para que haja mais propensão ao sucesso! Parabéns pelo texto

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  6. Muito bom o texto Ingrid,se na nossa vida tomar certas decisões já é meio complicado,imagine só em uma empresa onde acarreta cerca de vários outros fatores,como por exemplo funcionários. Estar bem qualificado e preparado para tomar boas decisões é um fator crucial no papel do atual gestor.

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  7. Gostei muito do texto, tomar decisões assertivas em meio a tantas incertezas e muito difícil por isso precisa se de um bom lider.

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