A teoria
geral dos sistemas surgiu em meados do século 20, sendo criada por Ludwig Von Bertalanffy. Assim como no
estruturalismo, essa teoria teve seu conceito ampliado para diversas áreas do
conhecimento e da ciência. Estudiosos já consideravam a organização como um
sistema aberto e passaram a aprofundar nos detalhes. A segunda guerra mundial
mostrou que os países faziam parte de uma estrutura e assim formavam um sistema
universal. Ludwig Von Bertalanffy
concebeu o modelo de sistema aberto.
O
funcionalismo de Talcott Parsons, que não deixa de ser uma forma de
estruturalismo, influenciou bastante na teoria geral do sistema. Podemos citar
algumas características básicas deste processo, dentre as quais: a perspectiva sistêmica
e sua divisão em dois métodos para analisar os fenômenos sociais. O Acionismo social, uma microabordagem
que explica a ação social voltada para o indivíduo e o Imperativismo funcional, uma macroabordagem, explica o sistema
social, com enfoque na estrutura. Enquanto o primeiro se preocupa com escolhas
e decisões dos atores sociais, o segundo está voltado para os grupos sociais.
Parsons conceitua a norma social, um curso de ação desejável, na qual as ações
futuras estejam em conformidade com esse curso.
O nome
funcionalismo nasce da definição das quatro funções do sistema social: latência, integração, gerar e atingir
objetivos e adaptação.
A função
latência é a forma pela qual o sistema transmite informação e cultura. A função
integração é a que une e coordena os participantes e grupos do sistema,
permitindo assim que os indivíduos façam parte do todo. Sem a integração, os
grupos ficariam isolados e não conseguiriam atingir objetivos comuns da
organização. Os objetivos são criados pelo grupo de uma forma racional e devem
ser buscados por todos integrantes do sistema, tendo eles que se adaptarem para
sua sobrevivência. Vemos organizações educacionais responsáveis pela função
“latência”, organizações legais responsáveis pela “integração” e organizações
governamentais responsáveis pelos “objetivos”. Passando por essas funções o
sistema ganha força e sustento. É importante ressaltar também que o
funcionalismo não analisa o conflito.
Voltando a
teoria dos sistemas abertos, temos que alguns autores como: Fred Emery, Eric
Trist, Burns e Stalker, Rice já tratavam as organizações como sistemas que se
adaptam. Trist identificou em seu trabalho dois subsistemas dentro das
organizações: técnico e social. O técnico era como se fosse à estrutura da
organização e o social se baseava nas relações.
Homans propõe
um esquema onde divide a organização entre sistema externo, que é o papel
desempenhado pelo ambiente e que interfere no sistema organizacional, e sistema
interno onde as interações e papéis são desenvolvidos pelo próprio sistema. Também
foi proposta uma interação entre esses dois sistemas, pois ambos são complexos
e interdependentes.
Alguns autores
mostram a organização como sistemas sociotécnicos em três modelos. No primeiro
modelo, estabelecido por Likert, a organização é o sistema que faz a
interligação dos grupos, pois se relaciona com o ambiente e seus participantes
desempenham o papel de “elos”. Classificam-se os sistemas que fazem parte dessa
organização em sistemas de larga escala, sistemas de mesmo nível e
subestruturas.
Mais complexo que o primeiro, o segundo modelo traz a perspectiva de que os papeis desenvolvidos dentro das organizações são mais importantes do que os próprios membros, e com isso não são os “elos” que estão interligados, mas sim os “elos” desenvolvendo papéis. O terceiro modelo tenta unir os dois primeiros e criar o que se denomina teoria geral dos sistemas, onde sua principal proposta é o desapego do dilema indivíduo-estrutura, utilizando a psicologia e a sociologia para analisar as organizações.
Para
finalizar, gostaríamos de expor uma das principais ideias da teoria dos
sistemas que é o homem funcional. Como vimos anteriormente, a organização têm
sido entendida como um sistema responsável por interligar papéis e manter relações
entre as pessoas.
A figura do homem funcional é aquela de
desenvolvedor dos papéis, no qual o indivíduo exerce atividades para se
relacionar e alcançar objetivos. O homem funcional para ser produtivo precisa
de interação e estímulos. Dentro da teoria dos sistemas, nota-se a presença de
incentivos mistos para motivar o indivíduo dentro da organização. Veremos que
ele tem conflitos de papeis a resolver e detêm expectativas sobre esses papeis.
Esse sistema aberto de papeis é influenciado pelas seguintes variáveis:
organizacionais, de personalidade e de relações interpessoais. Com essas
variáveis é natural o surgimento de conflitos, que tem um custo muito grande
para o individuo em termos emocionais e também para a organização.
Teoria dos sistemas abertos é legal porque apesar de ser uma única teoria ela da origem a várias interpretações. Seu ponto de vista a respeito do tema é interessante!
ResponderExcluirTudo é Teoria Geral dos Sistemas. Vivemos em um mundo totalmente organizacional, onde desde antes de nascermos até depois de nossas mortes estamos relacionados com organizações. E tais organizações estão inseridas estão relacionadas com outras em ambientes internos e externos, ou seja, tudo é parte de um grande sistema Integrado!!
ResponderExcluirBem filosófico esse comentário do Heitor! kkkk mas se bem,que é uma verdade...tudo gira em torno das organizações. Curti muito o texto Igor.
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