A escola de Administração Clássica tem
como base e preocupação a avaliação do aprimoramento das normas e das
estruturas internas da organização. Sob o ponto de vista da Escola, se a
organização estiver fornecendo as ferramentas necessárias para a execução dos
serviços de forma que se consiga extrair o melhor rendimento possível, eles não
iriam se deparar com outros problemas, isso inclui no que diz respeito às
relações humanas e suas ações, como também as possíveis divergências entre a
concorrência.
Para os teóricos dessa Escola, o homem é visto
como um ser extremamente racional na hora de tomar decisões, portanto, capazes de
produzir e implantar excelentes sistemas. Faziam o uso da racionalidade absoluta,
usando esse método acreditava-se muito na capacidade humana, por se tratar de
um método que se baseia em meios científicos aplicados às ações humanas, e pelo
fato das decisões serem sempre pensadas e analisadas de forma racional,
esperava-se então que as melhores decisões fossem tomadas.
A escola de Administração Clássica ou
Científica como também é conhecida, considerava que o indivíduo seria um bom
administrador caso ele soubesse planejar e organizar a si mesmo juntamente com
as suas ações, com cuidado, e de uma forma mais racionalizada.
O movimento trouxe a teoria do Homo Economicus,
na qual o indivíduo era considerado como um ser egoísta, focado em seus
objetivos, totalmente racional, controlável, capaz de ser previsto e que quando
analisa as situações em que se encontra toma as melhores decisões cabíveis,
também era sujeito ao incentivo monetário um padrão adotado pelos seguidores
desta Escola para que pudessem dirigir e controlar melhor os funcionários.
Para isso era feito um treinamento
simples já que o trabalho era padronizado, o treinamento servia apenas para
passar algumas funções ao trabalhador, a seleção seria para escolher o
funcionário padrão baseada na linha de Taylor, e o controle seria por
supervisão no qual o supervisor deveria acompanhar de perto as funções
desempenhas pelos trabalhadores, pois haveria apenas uma forma a ser seguida
para executar cada função. Nessa linha foi adotado o sistema de incentivos para
a motivação dos funcionários seguindo a ideia do homo economicus, “ganhava mais quem produzisse mais”, e para isso
foi proposto por teóricos como Taylor o pagamento por peça e por Gantt o
pagamento por bonificação.
O movimento contou com o auxilio de
grandes pensadores, entre eles o três principais foram: Taylor, Fayol e Gantt.
Taylor
dedicou boa parte dos seus estudos em experiências que melhorassem a eficiência
no trabalho e sempre preferiu fazer uso dos métodos de racionalização no trabalho
da linha de produção. Henry Fayol optava pela boa administração através de
princípios estabelecidos pelo mês mesmo que acabou ficando conhecido como os
princípios da administração ou as funções do administrador que são: planejar,
organizar, dirigir, controlar
e comandar. Já Gantt partindo de um ponto de vista mais liberalista se
comparado a Taylor, para lidar com os problemas de produção e usando a psicologia
conseguiu descobrir formas para aumentar produtividade. E foi ele o responsável
por descobrir algumas falhas dessa escola, uma delas foi desvendar a importância
de incentivos de cunho não-monetários, foi ele também que levou a administração
clássica as áreas de finanças e vendas, fazendo com que não fosse aplicada
apenas nas linhas de produção, e por fim em um de seus trabalhos com o capitão
de indústria Fred Miller aprendeu a lhe dar com pontos de vista contrários na
hora de tomar decisões.
Sendo assim, podemos notar que tais
pensadores contribuíram muito para a construção da teoria da escola de
administração clássica, foi baseado nas experiências dessas grandes figuras que
o movimento ganhou “vida” e construiu suas ideias, pensamentos e objetivos. E
com as observações de Gantt e as criticas feitas por outros teóricos, tais
ideias puderam se aperfeiçoar.
Podemos evidenciar como marcas explícitas
dessa Escola/movimento, a busca pela mesma maneira de executar as tarefas, através
de métodos científicos, o estudo dos tempos e movimentos, seus padrões de
produção já estabelecidos por administradores e engenheiros nos quais também
coordenavam e controlavam os operários que por sua vez deveriam obedecer à
ordem de seus superiores. Uma marca muito forte que também é encontrada no
movimento é o fato de sempre esperarem ótimos resultados devido à racionalidade
esperada nas ações executadas pelo ser humano, tais marcas
geram reflexos até os tempos atuais em grandes e pequenas organizações!
Autora: Samara Oliveira