Somos alunos do 3º período do curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia, engajados neste projeto para satisfazer a proposta do docente Rodrigo Miranda que leciona a matéria de Teorias de Administração.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Relação Homem e Sociedade
Estamos
cansados de saber que o homem vive em sociedade, mas será que isso sempre foi
assim? Se não, por que o ser humano parou de andar sozinho e começou a conviver
em grupos?
Pré história |
Na
pré-história que ocorreu aproximadamente 3.500 a.C e antes da invenção da
escrita o homem vivia na natureza com grandes animais, mais altos, mais fortes
e velozes do que ele, não dava pra encará-los sozinho, então ele percebeu que
em grupo suas chances eram bem maiores, assim vencendo as barreiras impostas
pela natureza e conseguindo prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na
Terra.
Os
homens começaram a se organizar socialmente em pequenos grupos unidos por laços
familiares, onde as mulheres cuidavam das crianças e como elas eram responsáveis
pela coleta de frutos e raízes, os homens caçavam, pescavam e defendiam o
território e sempre realizavam as tarefas em grupo.
O
processo de socialização se inicia logo após o nascimento, onde o indivíduo
começa uma integração, interiorização de normas e regras de um determinado meio
social e passa por um processo de aprendizagem.
Na
sociologia existe dois tipos de socialização: a primária e a secundária. A
primária é a tarefa realizada pela família através dos vínculos de afetividade
e respeito que tem um valor primordial e deixa marcas profundas no indivíduo,a
família é o grupo mais importante, pois é o que impõe as raízes ao indivíduo de
forma a este se integrar na sociedade, essa é a fase onde a criança aprende a
linguagem, as normas, regras e os modelos comportamentais do grupo a que
pertence. Já a socialização secundária é o processo que introduz um indivíduo
já socializado em novas e diferentes realidades sociais, como a escola, o
trabalho, grupo de amigos, etc.
O
comportamento humano refere-se da aprendizagem dos traços da cultura da
sociedade em que ele vive, na verdade, somos moldados pela cultura, que
substituí os impulsos instintivos pelas regras de conduta social, herdamos e
aprendemos com a história, com experiências de gerações passadas, etc.
Existem
certos mecanismos para a interiorização da cultura do grupo ao qual o indivíduo
pertence, são eles: aprendizagem, imitação e identificação. A aprendizagem é a
aquisição de automatismos de comportamentos variados, como por exemplo: quais são
as regras corretas, como dever ser comportar, ler, escrever, etc. A imitação é
literalmente imitar, copiar ou reproduzir comportamentos observados na
tentativa de nos integrarmos mais facilmente nas várias situações do nosso cotidiano,
como quando uma criança imita o comportamento dos pais. O último mecanismo é a
identificação que se processa quando um indivíduo se identifica com outra
pessoa que desempenha determinados papéis que podem influenciá-lo a pensar,
sentir e agir, o mesmo acontece quando o pai e a mãe representam, para uma
criança, o que para ela significa ser homem e ser mulher, e é através deste
processo que a criança interioriza como se comportam um homem e uma mulher em
diversas situações.
Após
entender como se deu o processo de socialização vamos analisar o processo de
constituição da sociedade e a maneira como os indivíduos se relacionam dentro
dela.
Primeiramente,
o conceito de sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do
homem, ordenada ou organizada conscientemente.
Autores
clássicos como Marx, Weber e Durkheim adotaram diferentes perspectivas, Marx por exemplo
acreditava que a sociedade é constituída por classes sociais mantidas por meios
de ideologias dos que possuem o controle dos meios de produção, também acreditava
que os indivíduos deviam ser analisados de acordo com o contexto de suas
condições e situações sociais já que produzem sua existência em grupo e o
acumulo de bens materiais é valorizado enquanto o bem estar coletivo é
secundário. Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto
das ações individuais e para ele o indivíduo é quem escolhe suas condutas e
comportamentos, já para Durkheim o homem é coagido a seguir determinadas regras
(chamadas por ele de fatos sociais) que controlam suas ações perante aos outros
membros da sociedade.
Todas
as relações sociais, portanto, são todas as interações e ligações que se
estabelecem entre os seres humanos de maneira natural ou por seus interesses
individuais ao longo de sua vida e que são necessárias para a vida em
sociedade, pois motivam e orientam o homem no seu desenvolvimento e sua
evolução, concluindo que por mais que se modifiquem os tempos, as formas de
convivência ou os lugares onde as pessoas se encontram as relações sociais
sempre existirão e que o homem tem um instinto natural de organizar-se em
grupos e estabelecer relações entre os que o rodeiam.
Em
todos os sentidos precisamos uns dos outros, o homem é uma criatura que não
consegue viver completamente sozinho, foi criado para viver em comunidade, como
a pequena comunidade onde nascemos e crescemos que é a família e aos poucos
vamos ampliando os nossos espaços, participando de outras comunidades e
aumentando o nosso círculo de relacionamentos e amizades.
O
filme: Naufrago estrelado por Tom Hanks,
narra a história de um homem que sofre um acidente de avião , onde ele é o
único sobrevivente que acabada isolado em uma ilha, onde tenta além de
sobreviver aos perigos da ilha deserta, voltar a civilização onde ele vivia.
Ele passa 4 anos sem nenhum tipo de civilização, comunidade ou pessoas ao seu
redor, ao abrir embalagens que estavam no avião ele encontra seu "amigo"Wilson, uma bola de vôlei que passa a ser
sua confidente e companheira.
O
filme mostra o quanto é difícil viver sem alguém por perto, não tendo ninguém
para ajudar e satisfazer necessidades que o ser humano não consegue ou são
muito difíceis de serem realizadas sozinho, ele até chega a inventar um amigo
imaginário para não enlouquecer e ficar sozinho.
Concluímos que o ser humano é um ser social
que não consegue viver sozinho, são dispostos por natureza à união, e que
precisa de seus semelhantes para viver e por isso vive em sociedade. Temos a
necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja família, escola,
trabalho, etc., ou seja, a sociabilidade é uma tendência natural do ser humano,
precisamos uns dos outros para compartilhar o nosso tempo e espaço.
Autoria: Angélica Santos
segunda-feira, 12 de maio de 2014
A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL: UM BREVE RESUMO HISTÓRICO
“Você não teve infância não?”
Quem nunca ouviu essa famosa frase, que
atire a primeira pedra! Ditos como esse e outros como: “Até parece que você não
teve infância”, são bem conhecidos pela população. Essas sentenças geralmente
são utilizadas para ironizar as pessoas que aproveitaram pouco tempo de sua
infância ou que até mesmo não conhecem, ou não conheceram brincadeiras e outras
ações que são tradicionais nessa fase da vida.
Mas a realidade é que muitas pessoas de
fato não aproveitaram sua infância. Brincadeiras e cantigas de rodas foram
substituídas por árduas horas de trabalho. A alegria e o prazer de ser criança
não existiram na vida de alguns indivíduos.
O trabalho infantil é definido como toda
forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes que não tenham a idade
mínima para exercer tais tarefas. Por lei, essas práticas são proibidas, uma
vez que coloca em risco á vida das crianças.
A Constituição Federal de 1988 determina
que é dever da família, da sociedade e do estado garantir à criança e ao
adolescente o direito a vida, saúde, alimentação, educação, ao lazer, a
profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade, além de
poupá-los de toda forma de discriminação, violência, crueldade e exploração.
Apesar de a constituição ser bem clara e
específica, percebemos que, ainda nos dias de hoje a exploração da mão-de-obra
infantil está presente na sociedade, mesmo que de uma forma discreta. As
crianças, que deveriam estar na escola, recebendo educação para o futuro, estão
sendo escravizadas por uma mão de obra barata, tendo que se submeter a
condições precárias de trabalho. Devido a isso, uma fase que era para ser de
crescimento e desenvolvimento, acaba se tornando um período de grande
responsabilidade para a criança. Com isso, ela perde sua infância, adquire
prematuramente obrigações e de um modo geral se torna deficiente no que diz
respeito ao convívio social.
Sabemos que, as ações passadas refletem na
sociedade de hoje. Sendo assim, faremos uma breve viagem ao passado para
entendermos melhor sobre o trabalho infantil.
Antigamente, todos os cidadãos eram
obrigados a trabalhar, independente de sua cor, raça e idade. Na Roma e na Grécia Antiga, os filhos dos
escravos eram obrigados a trabalhar sem nenhuma remuneração, uma vez que eles
pertenciam aos seus senhores e deveriam servi-los. Com o surgimento das
corporações, o trabalho era repassado de pais para filhos, para que estes
continuassem a seguir o ofício paterno.
Na idade média, no contexto do feudalismo,
para garantir a sobrevivência as crianças trabalhavam nas mesmas proporções que
os adultos em troca de moradia e alimento. Logo após, temos as cidades
medievais, que eram formadas por artesãos, estes produziam variadas peças
artesanais e para isso contavam com a ajuda de aprendizes (que em maior parte
eram crianças), que os auxiliavam sem nenhum retorno financeiro, apenas para o
próprio aprendizado, até que adquirissem técnica.
Com o advento da revolução Industrial no
século XVIII, o trabalho infantil se agravou.
Sabemos que a revolução industrial
modificou totalmente o modo de vida das pessoas. Multidões saiam dos campos e
formavam aglomerados em volta das fábricas que iam se formando. Nessa fase, as
ferramentas de trabalho foram sendo substituídas pelas máquinas. Para
sobreviver na nova sociedade, às pessoas se submetiam ás vagas de emprego que
eram oferecidas pelas fábricas, sem terem liberdade de escolha, pois, devido ás
condições daquela época, os mesmos se viam obrigados a trabalhar para a própria
subsistência.
Devido a necessidade de ajudar
financeiramente, as crianças também iam para as fábricas. A exploração da mão
de obra infantil em atividades produtivas se intensificou. As formas de trabalho
eram nocivas e cruéis, elas trabalhavam de forma inadequada, em ambientes
inapropriados, sem higiene e que não ofereciam nenhum tipo de segurança, além
de operarem máquinas que poderiam ocasionar graves acidentes e consequentemente,
muitas mortes.
Nessa época, as crianças trabalhavam entre
12 e 16 horas por dia. Devido ao excesso de horas trabalhadas, algumas delas
caíam dentro das máquinas, uma vez que o sono era grande. Umas eram expostas a
produtos químicos tóxicos e outras ainda corriam o risco de serem esmagadas por
máquinas perigosas. Aquelas que trabalhavam em minas de carvão acabavam
morrendo por causa de ferimentos e explosões que ocorriam.
Foi dentro do movimento da administração científica
que esse quadro começou a ser modificado, pois, nesse contexto buscava-se
aumentar a produtividade e diminuir as percas nos processos. Sendo assim, ter
uma criança trabalhando na fábrica não era tão interessante, uma vez que os
prejuízos causados eram grandes e atrapalhavam o processo produtivo.
A partir do momento em que foram criadas
leis que visavam defender e proteger as crianças dessas formas de exploração, o
número de crianças trabalhando passou a diminuir. Até antes da lei das
fábricas, criada em 1833 na Inglaterra, com o objetivo de proibir o trabalho
infantil, a maioria dos trabalhadores de fábricas durante a revolução
industrial era composta por crianças. Depois de estabelecidas, as leis passaram
a vigorar. Nesse âmbito, foram adotadas algumas medidas como: a proibição do
trabalho noturno aos menores de 18 anos, o estabelecimento da carga horária de
trabalho de 12 horas diárias, criação de escolas dentro das fábricas para que
todas as crianças menores de 13 anos frequentassem e a idade mínima para
trabalho passou a ser de 9 anos.
Percebemos que, mesmo após ter se passado
anos e anos, ainda encontramos formas de exploração de trabalho infantil na
sociedade atual. No Brasil, podemos citar como exemplo o Nordeste. Essa região
é a que mais explora a mão de obra infantil no nosso país. Devido às baixas
condições financeiras desse local, cerca de 270 mil crianças são exploradas em
diversas atividades econômicas, visando o retorno financeiro para ajudar seus
familiares. Estas deixam de estudar para exercer funções que colocam a sua
saúde e sua vida em risco.
Mesmo existindo leis de proteção á criança,
ainda se têm registros de irregularidades e de empresas que desrespeitam a
essas leis. A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII considera
menor o trabalhador de 16 a 18 anos de idade. Segundo a legislação trabalhista
brasileira, é proibido o trabalho do menor de 18 anos em condições perigosas ou
insalubres. Ao menor de 16 anos de idade, é vedado qualquer trabalho, salvo na
condição de aprendiz.
Diante disso, cabe ao gestor, cumprir com
suas obrigações e seguir em dia com a lei. E ao estado fica a responsabilidade
de agir para que OS DIREITOS DAS CRIANÇAS SEJAM PLENAMENTE GARANTIDOS.
Para acessar reportagens sobre o assunto,
visite o site: http://reporterbrasil.org.br/trabalhoinfantil/reportagens/
Autoria: Bruna Kerolayne
Autoria: Bruna Kerolayne
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Natureza humana e a alienação
A constituição histórica da natureza humana
ocorre a partir das necessidades humanas, ou seja, para sobreviver todo ser
humano precisa satisfazer suas necessidades básicas, como: comer, beber, dormir
etc. e o meio para a realização dessas necessidades é o trabalho e a
cooperação, tornando o trabalho uma necessidade.
O trabalho pode ser visto como um ato que o
homem executa visando transformar conscientemente a natureza, produzindo
riquezas que é necessário em todos os modos de produção, e o que muda é a forma
de produção, a tecnologia utilizada, quem produz e o apropriado do que foi
produzido, que varia de acordo com a forma de organização da sociedade.
Um grande companheiro de Karl Marx, Friedrich
Engels afirmava que o homem
modificava sua relação com a natureza devido ao trabalho. Se na condição animal
ele tinha de submeter-se às leis da natureza, através do trabalho ele busca
dominar a natureza, transforma-a em proveito próprio. Passa de “ser” dominado a
“ser” dominante devido ao desenvolvimento do trabalho.
Com o surgimento da luta de classes, onde há um conflito entre a
classe burguesa que controla a produção e o proletariado que fornece a mão de
obra, nasce também a alienação, que está totalmente ligada com o ser humano e o
trabalho.
Mas o que é alienação? Segundo Karl
Marx a alienação é a condição onde o trabalho ao invés de ser instrumento para
a realização plena do homem e da sua condição humana torna-se, pelo contrário,
um instrumento de escravização, acabando por desumanizá-lo, tendo sua vida e
seu próprio valor medidos pelo seu poder de acumular e possuir.
Para
Marx, o único bem que o trabalhador possui devido a não ser proprietário de
meios de produção é a sua força de trabalho, ou seja, a sua capacidade de
trabalhar, por isso, o trabalhador é obrigado a vender sua força de trabalho ao
capitalismo. Ao contrário de sociedades pré-capitalistas como o feudalismo e a
escravidão, no capitalismo o trabalhador entrega sua capacidade de trabalhar
por um tempo determinado através de um contrato de trabalho.
No filme Tempos Modernos onde Charles Chaplin interpreta o personagem
Carlitos, é retratado muito bem o conceito de alienação, onde ele se depara com a esteira de
produção fordista que aumenta o ritmo de produção a todo instante, tornando a
relação homem-máquina extremamente conflituosa e onde ele exerce sua
função de apertar parafusos a uma velocidade que não permite nem que ele se
coce, literalmente, sem que haja quebra no ritmo de trabalho dos companheiros.
Carlitos acaba sofrendo um colapso nervoso sendo levado ao hospital por causa
desse emprego altamente alienante a um ritmo alucinado de produção.
A escola clássica, citada no post anterior,
enfatiza os métodos de trabalho e podemos citar os processos de Fordista e
Taylorista como exemplos de alienação.
O Fordismo criado por Henry Ford, que foi o
responsável pelo início do raciocínio de produção em série e que também foi
destacado no filme: Tempos Modernos,
é considerado um exemplo de alienação, pois trata de uma forma de
racionalização da produção capitalista baseada em inovações técnicas tendo em
vista a produção e o consumo em massa.
Ford criou o mercado em massa dos automóveis,
em que os veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam
enquanto o operário ficava parado executando sua função singular durante horas.
Seu objetivo era baratear o custo final do produto para que uma gama maior de
pessoas tivesse condições de adquiri-lo.
Antes do Fordismo, o norte americano Frederick
Winslow Taylor desenvolveu métodos inovadores para a produção industrial que
ficaram mundialmente conhecidos por Taylorismo. Taylor dizia que o proletário
deveria focar em sua parcela do processo produtivo e desempenhá-la no menor
tempo possível, não precisando ter conhecimento do todo produzido, além do
empregado ter de evitar gastos desnecessários de energia.
Ao passar do tempo os
conceitos e modelos de Taylor e Ford foram se popularizando e assim aumentando
a demanda por mercados consumidores, matéria prima e mão de obra que até metade
do século XX influenciaram o processo de
industrialização em várias partes do mundo.
Até mesmo durante a idade média
temos um exemplo de alienação, como a religião que alienava as pessoas com uma doutrina rígida no qual
quem detinha um pensamento diferente ao da igreja era amaldiçoado a ficar
eternamente no inferno. Com uma evolução do termo, se podemos assim dizer, a
alienação continua predominante na atualidade, mas substituída por
formas mais flexíveis de produção e trabalho, como rádio, televisão e cinema
que conduzem o povo a construir desejos dos dominantes. O governo e a mídia são os principais agentes na
alienação hoje em dia.
Bom, para Hegel, um filósofo alemão,
sim. Ele acreditava que a “desalienação” era possível e necessária, para ele o
ser deveria fazer a passagem da consciência em si à consciência para si, com o
real retomando sua unidade perdida e assim superar e restabelecer sua unidade.
Mas essa é uma visão muito dialética e hoje em dia todo mundo sabe que é
difícil escapar da alienação, pois estamos rodeados por ela, tanto nos
trabalhos atuais, como no consumo e no lazer.
Outra questão que se insere no quadro de alienação,
mas com menor relevância é o suicídio, pois para alguns autores ele é considerado
como autonomia porque é um fenômeno consciente e individual e não como
alienação, mas ora, o suicídio é causado por uma desordem mental, alterações
nas condições sociais de vida que transformam as atitudes de alguns indivíduos
perante o mundo, alterações essas talvez originadas pela alienação.
Para a alienação existem várias definições, termos
e tipos que se estendem por todos os lados. É também considerada um mal na
sociedade contemporânea, pois o ser humano não mais se reconhece naquilo que
faz e produz. Devemos portanto, dar certa importância ao tema e fazer uma pequena
reflexão acerca de nossos atos e sobre os fins das ações humanas não só no
trabalho, mas no lazer, no consumo e até nas relações afetivas para que se
possa observar se estão a serviço do ser humano ou da sua alienação.
Autoria: Angélica Santos
quinta-feira, 8 de maio de 2014
ADMINISTRAÇÃO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO.
Você
já parou para pensar quão grande é a influência da Administração em nossa vida
e no nosso dia-a-dia?
De um modo geral,
podemos definir a Administração como sendo um processo de tomada de decisão, no
qual o indivíduo controla ações a fim de alcançar metas predeterminadas.
Imaginemos
então, o simples ato de pegar um copo com água para bebermos. Dentro desse
processo houve uma decisão por parte do indivíduo com o objetivo de saciar a
sede. Por meio desse exemplo, fica explícito que a administração é aplicável no
nosso cotidiano, podendo ser percebida nas mais singelas ações humanas.
Dentro
das organizações não é diferente. A todo o momento, não só os gestores mais
todos aqueles que estão inseridos dentro do contexto, se vêem em uma atmosfera
decisória, onde é necessário tomar decisões e posteriormente as colocar em
prática, para que assim se alcance objetivos pré-estabelecidos.
Atualmente, vivemos na era da modernidade,
onde o avanço tecnológico e a globalização proporcionaram um salto nos modelos
organizacionais, nos meios de produção, na escala de produtividade, na oferta e
na demanda, entre outros aspectos. Por meio disso, tornou-se possível a
abertura de várias empresas, em diversos setores. A cada dia, busca-se entender
e atender as necessidades do consumidor e para que tais objetivos fossem
atingidos, foi fundamental a segmentação do mercado.
Hoje
em dia, as empresas investem mais em pesquisas e treinamentos, objetivando a
otimização e o aumento na produtividade. As estruturas internas das organizações são
projetadas com a finalidade de gerar ordem e manter os lucros, de acordo com os
interesses da empresa. Para isso são definidas hierarquias, onde cada cargo é
ocupado mediante a análise da qualificação profissional.
Dentro
das organizações, são delegadas funções, e o modelo participativo na gestão se
faz cada dia mais presente nas rotinas empresariais. O funcionário não é visto
como uma máquina, mas como um ser que possui potencialidades para contribuir
com a empresa, melhorando assim o desempenho no geral. O indivíduo passa a ser
mais valorizado pela organização. Assim, surge o interesse por parte do gestor em
entender as motivações, o comportamento e as necessidades dos funcionários,
visando alcançar interesses.
Dentro
de todo esse contexto, temos também a gestão pela qualidade total, que consiste
em uma forma de gestão que requer o comprometimento de todos os membros da
organização independente do nível hierárquico, na busca pelo conhecimento,
aprimoramento e o trabalho em equipe com fins em superar as expectativas dos
clientes.
Os negócios do século XIX baseiam-se na
inovação, no cliente, no valor, na demanda, nos ativos intangíveis, na
criatividade, no capital intelectual, entre outros. Porém, para que todo esse
cenário da administração atual fosse possível, foi fundamental os movimentos passados,
que dão embasamento para os alicerces da sociedade de hoje. Vale ressaltar que
os sistemas estão em constante desenvolvimento e que falhas e disfunções são
normais de serem encontradas dentro do âmbito empresarial.
Para
compreendermos melhor toda essa dinâmica, é necessário darmos uma volta ao
passado.
A
Administração já existia desde os tempos das sociedades tradicionais, quando o
feudalismo ainda era predominante. Porém, foi a partir da revolução industrial
que essa ciência social foi ganhando forças.
No início do século XX, surgiu a escola
clássica, que foi um movimento da Administração Científica. O enfoque dessa
escola era aperfeiçoar os sistemas de trabalho. Taylor, que foi o precursor
desta escola, realizou estudos de movimentos e tempos com a finalidade de
alcançar a eficiência técnica através da racionalização. Para tanto, foi
necessário o redesenho dos processos de trabalho, onde as pessoas eram
racionalmente treinadas para executar a tarefa com eficiência. Através disso,
foi possível o pagamento de melhores salários, o aumento da competição, o
planejamento de cargos e a padronização das máquinas e ferramentas. Vale
ressaltar que além de fazer o uso de experimentos, Taylor também investia em
deduções, onde a partir da observação, tirava conclusões para fazer aplicações
no dia-a-dia.
Outro
expoente dessa escola foi Ford, que desenvolveu o desenho de funções e por meio
da especialização do trabalho em linhas de montagem, alcançou uma grande
produção em massa do Ford Bigode Preto, também conhecido como Ford T. Naquela
época, Ford bateu o recorde de vendas desse veículo. Isso se deu devido à produção
em série e o baixo custo.
De
um modo geral, podemos dizer que os negócios do século XX, baseavam-se na força
de trabalho, na oferta, no produto, na padronização, na racionalização, nos
ativos tangíveis, no lucro e na produtividade. O indivíduo não era valorizado,
mas sim tratado como um ser unificado, controlável e previsível. O importante
nessa época era basicamente aperfeiçoar as regras e estruturas.
Com
o surgimento da escola das relações humanas, essas construções aos poucos foram
sendo reavaliadas. O enfoque no estrutural permanecia, porém essa escola
procurou entender as perspectivas da afetividade das relações humanas. Nesse
aspecto, o indivíduo não era mais visto como unificado, mas como um ser afetivo
e sociável, que possuía a necessidade de manter relações informais.
Desde
então, as teorias quanto à administração vêm evoluindo. A cada momento, são
descobertos novos métodos e processos, que contribuem para o surgimento de
novas teorias. Percebe-se que na transição da sociedade tradicional para a
sociedade moderna, muitas mudanças ocorreram inclusive no modelo de vida das
pessoas. No lugar dos antigos modelos organizacionais, novas estruturações foram
surgindo. No lugar da autoridade total, foram surgindo às delegações. O
indivíduo, que era um ser totalmente especializado e alienado, foi ganhando
espaço dentro das organizações, mesmo que este fosse mínimo. As condições de
trabalho foram melhorando e novas ferramentas de gestão surgiram.
É
claro que a administração está fundamentada em uma linha histórica bastante
complexa. O objetivo aqui foi fazer um breve histórico dos principais pontos
que contribuíram para as bases da sociedade moderna para que de um modo
resumido, possamos entender um pouco as evoluções ocorridas até então.
Não
podemos finalizar sem antes citar as tendências futuras para o campo da
Administração. Espera-se que o administrador do futuro exerça suas funções com
qualidade, buscando compreender as relações humanas e conduzir as pessoas. A
tendência é que as estruturas organizacionais permaneçam em constante evolução
juntamente com as inovações tecnológicas.
E
em sua opinião? Como será a ADMINISTRAÇÃO DO FUTURO?
Autoria: Bruna Kerolayne
Autoria: Bruna Kerolayne
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